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OURO PRETO

   Vales, igrejas, ladeiras, museus, ruazinhas íngremes e estreitas, casarões setecentistas, neblina, repúblicas... Assim é Ouro Preto, uma cidadezinha no interior de Minas Gerais encravada num vale profundo das montanhas e tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade. A 95 quilômetros da capital Belo Horizonte, turismo, religião, Universidade, mineração, arquitetura barroca e tradição convivem num dos cenários mais importantes da história do Brasil. Figuras históricas e anônimas se confundem aos contemporâneos, transformando a realidade ouro-pretana numa viagem no tempo.

 

   A fundação da cidade se deu em 1711, em origem do arraial do Padre Faria e outros arraiais, tendo recebido o nome de Vila Rica passando mais tarde a ter o nome de Ouro Preto. Tem uma história de relevante importância para o Brasil, pois serviu como palco de manifestações históricas e culturais na época da descoberta do ouro no país. Foi cenário do movimento da inconfidência mineira, onde uma elite dominante lutou contra a exploração do ouro em favor de melhores condições de vida para o povo brasileiro.

 

   No ano de 1876, o cientista Henri Gorceix fundou a Escola de Minas, primeira instituição brasileira dedicada ao ensino de mineração, metalurgia e geologia. A Escola de Farmácia foi criada em 1839. A Escola foi a primeira faculdade do Estado e é a mais antiga na área farmacêutica da América Latina. Em 1969, com a junção das duas centenárias e tradicionais Escolas foi criada a UFOP.

 

   Nos dias atuais percebemos a evolução desta cidade, curiosa e irrequieta: das capelinhas das montanhas circundantes aos fundos dos vales, dos fundos dos vales novamente ao cimo das montanhas. Este sobe/desce dos morros, além de transportar técnicas e gentes, se reinventou nos estilos: do barroco simplório das capelinhas antigas a estrutura “moderna” dos bairros criados entorno da Universidade.

 

   O modo de viver do ouropretano também nos remete ao passado, desde a culinária típica mineira presente no cardápio cotidiano até a religiosidade demonstrada em eventos como a Semana Santa onde todos se reúnem na confecção dos tapetes de serragem colorida.  Aqui as tradições caminham lado a lado com novos hábitos e costumes impostos pela modernidade.

Morar em Ouro Preto é, sem dúvida alguma, um imenso privilégio. Ter como vista de sua janela as montanhas que transpiram história, desfrutar de seu clima montanhoso e poder participar de suas tradições, enriquecem a alma! 

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